Parece-me que as hortas urbanas (designadamente, as comunitárias) - essa (re)nova(da) forma de ligação à terra - estão aí para ficar.
...E é ver os novos agricultores citadinos, cheios de dores nas costas, com bolhas nas mãos, algo desajeitados no manuseamento das alfaias e, sobretudo, muito dependentes dos ensinamentos obtidos nos cursos de agricultura biológica, recordados com regularidade através da leitura atenta dos manuais aí fornecidos.
São estes, seguramente, os mais recentes adeptos da ruralidade.
À sua maneira, defendem a tradição agrícola de um país que, por vezes, parece ter uma necessidade efetiva de recuperar vivências ancestrais. E são felizes, como seria de esperar.
Junto-me a eles, literalmente, pela razão e pelo coração.
Não posso deixar de aproveitar este espaço virtual para destacar o nome daquele que é, indiscutivelmente, o percursor de uma luta diária, travada desde há anos contra o primado do betão e do cinzentismo das áreas urbanas: Gonçalo Ribeiro Teles, Arq.º Paisagista e ex-político, atualmente com 91 anos muito lúcidos.
Uma horta urbana: exemplo de uma feliz integração no meio envolvente. |
Pormenor dos talhões atribuídos a cada agricultor biológico "amador", dispondo de um compostor. |
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