A indústria cinematográfica tem a capacidade de surpreender, recorrentemente, quer os cinéfilos mais convictos e exigentes, quer o espectador ocasional de uma qualquer produção da 7.ª arte. Por motivos vários, integro-me (mais) neste segundo tipo de apreciadores de cinema.
Não posso deixar de registar - ou, mais expressivamente, congratular-me - com a apresentação recente, nas salas de cinema mundiais, de um filme bem conseguido, fazendo jus a uma peculiar brigada militar, surgida durante a Segunda Guerra Mundial, composta por uma escassa "meia dúzia" de homens, com o objetivo primordial de reaver as obras de arte que haviam sido saqueadas pelos nazis durante os anos da guerra e, subsequentemente, devolvê-las aos respetivos donos. E esta seria, pois, na essência, a sua nobre e oportuna missão.
Nobre, porquanto pretendia salvaguardar alguns dos mais representativos tesouros artísticos da Humanidade; oportuna, porque o seu êxito dependia, em grande parte - como se compreenderá - da rapidez com que a mesma fosse concretizada, considerando-se os riscos efetivos de perda do paradeiro das várias obras de arte roubadas (por "encomenda" de Hitler) e/ou a sua destruição efetiva, se não se atuasse, "no terreno", no mais curto espaço de tempo.
Seguramente que, em muitos outros contextos e teatros de guerra, terá feito falta a criação de unidades militares como esta - a evocada no filme - assumidamente imbuídas de preocupações culturais, designadamente, de natureza patrimonial.
Regista-se, todavia, a exiguidade dos meios afetos a missão em causa.
Por outro lado, no entanto, fica bem patente a convicção e o empenho dos protagonistas, em concluir com sucesso a tarefa de que foram incumbidos. Custe o que custar...
Sim, porque as batalhas da preservação do Património, por vezes, são travadas sem "armas" suficientes, como todos sabemos...
Aqui fica, pois, o trailer do filme que recomendo: "The Monuments Men". Num cinema à sua espera.
Em alternativa, o respetivo link.