Arte e Natureza no espaço urbano

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um "poço" temporariamente exposto em Lovelhe (V. N. de Cerveira), no verão de 2008

O mês de agosto de 2008 decorria normalmente... As férias estivais convidavam a privilegiar atividades ao ar livre. Numa caminhada pelos trilhos existentes no Monte da Senhora da Encarnação, bem perto da pequena fortificação, de corpo central circular, aí existente, no Alto do Lourido (freguesia de Lovelhe, concelho de V. N. de Cerveira) - com a designação de Atalaia de Lovelhe - um abatimento recente do terreno, junto a um caminho de terra batida, viria a expor aquilo que se afigurava ser um poço, embora sem água.
As medições efetuadas com apreciável rigor, através da abertura então surgida no solo - com cerca de 50 cm de diâmetro, entre pesados e instáveis blocos de rocha granítica - definem um "poço" de secção retangular, com 1,20 m por 2,00 m, aproximadamente, e com 13 metros de profundidade. Todas as faces / paredes verticais deste "poço" eram de rocha relativamente lisa (manifestamente, trabalhada por mãos experientes, com recurso a instrumentos apropriados para o efeito), sendo que, nas faces correspondentes à sua largura (como se referiu, com cerca de 2 metros), se identificavam múltiplos entalhes, alinhados verticalmente, da superfície (solo) até ao fundo, espaçados por uma distância regular de cerca de 35 cm entre si. Tais orifícios eram simétricos, entre duas paredes opostas. Os mesmos pareciam corresponder a encaixes de uma qualquer estrutura outrora aí existente, designadamente uma escada, eventualmente de madeira, possibilitando o acesso ao fundo deste "poço". O mesmo está localizado a sensivelmente 120 m da Atalaia.
Algum tempo depois, a CMVNC - entretanto, posta ao corrente da "descoberta" ocasional - optaria por ocultar o "poço" (ignorando-se, até, se o terá atulhado)... Por razões de segurança, claro...

As fotos seguintes - com a qualidade possível, em função dos meios então disponíveis - ilustram os elementos descritos neste texto.

Qual seria a origem (época e autoria) e função do "poço" exposto? Fica a interrogação...

Perspetiva da entrada do "poço", evidenciando o
abatimento / queda de pedras de apreciável dimensão
Perspetiva da entrada do "poço", após o
abatimento do terreno, à superfície do solo



 
Perpetiva da entrada do "poço" (pormenor)

Perspetiva da entrada do poço

Perspetiva dos entalhes existentes na(s) parede(s) do "poço",
concebidos desde o nível da superfície do solo, até ao seu fundo 

3 comentários:

  1. Ja pensou em mostrar isto na Flup aos entendidos da Arqueologia?

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    1. Na ocasião, todos os elementos foram apresentados pessoalmente ao gabinete de arqueologia da CM de V. N de Cerveira. A arqueóloga da CM deslocou-se comigo ao local, mostrou-se surpreendida com a "descoberta" e sem explicação válida para a mesma. Garantiu-me que se iriam proceder a averiguações... e que me daria conta do resultado das mesmas... até hoje. Já tenho considerado dar outros passos, já que tenho contactos pessoais com a FLUP, embora noutro Departamento. Obrigado pelo interesse.

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  2. Alterações autárquicas podem ser trazer alterações de posturas, eventualmente mais 'atentas' ou interventivas. Quem sabe esta situação não poderá vir a ter desenvolvimentos? Especialmente se houver públicas chamadas de atenção. Também é para isso que um blogue com este deve servir...

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